Dra. Samira Cotta

Câncer de mama, genética e epigenética

Câncer de mama engloba vários subtipos possíveis em sua apresentação, com evoluções tão distintas que podem se comportar como doenças diferentes. Para cada caso temos nome, sobrenome e assinatura genética. Múltiplos dados técnicos são necessários para traçar o perfil da doença e a melhor estratégia de tratamento.

O comportamento do câncer de mama pode se apresentar desde formas indolentes, ou seja, de crescimento lento, até formas com grande agressividade e alta velocidade de crescimento.

É fundamental que, quando existe a suspeita de câncer de mama, o diagnóstico ocorra da forma mais breve possível. Desse modo as chances de cura são maiores e o tipo de tratamento pode ser mais leve para a paciente.

Dra. Samira Cotta, Oncologista, especialista no cuidado a pacientes com câncer e sobreviventes do câncer

Dra. Samira Cotta vem trabalhando nos últimos anos de sua carreira com estratégias de prevenção e suporte aos sobreviventes do câncer, ferramentas necessárias para reduzir o impacto da doença na vida de tantas pessoas e de tantas famílias.

Especialista em câncer de mama

Médica clínica, oncologista e paliativista,

com formação em predisposição hereditária ao câncer e nutrição oncológica.

Atua através da oncogenética e modulação epigenética

 para prevenção e redução de recidiva no câncer.

Nódulos na mama e investigação

Em caso de nodulação palpável ou identificada em exame de imagem é fundamental que se esclareça a natureza desta alteração. A depender da classificação do nódulo pode ser indicada biopsia, que consiste na retirada de um fragmento da lesão que será enviado ao médico patologista para análise das células da região.

Laudo da mamografia e ultrassonografia

É emitido com graduação de BI-RADS, que consiste em uma forma de classificação dos achados encontrados na mamografia e na ultrassonografia a depender de critérios específicos. A classificação permite presumir se os achados são benignos, malignos ou inconclusivos. No caso de exame inconclusivo sobre a natureza dos achados pode ser realizado um monitoramento em intervalo mais curto, exigir outros exames complementares ou mesmo já seguir com a biopsia.

Laudo da biopsia

O laudo da biopsia de mama pode vir de forma muito diferentes em sua descrição, o que para um leigo pode gerar estrema angústia. Desde doenças benignas à malignas podem constar na descrição. Importante que um profissional especialista interprete este laudo, não apenas pelo que está escrito no papel, mas por todo contexto clinico e avaliação de imagens que em conjunto irão se somar para o parecer final do oncologista.

Perguntas comuns em relação ao diagnóstico de câncer de mama

É possível que o laudo da biopsia seja benigno, mas que na verdade eu tenha um câncer de mama?

Sim, é possível porque nem sempre a amostra retirada representa de fato uma parte da lesão maligna. Isso pode ocorrer porque o componente maligno da lesão seja pequeno ou porque tecnicamente não se perfurou o local alvo da lesão. Por isso é importante que o resultado seja interpretado por um especialista.

O que fazer se o laudo for inconclusivo para câncer de mama?

Pode ser necessária uma nova biopsia ou analise do material por outra técnica, a exemplo do estudo imunoistoquímico.

É possível definir o tratamento com a biopsia?

Não apenas com a biopsia. São necessários exames de imagem para realizar o que chamamos na oncologia de “estadiamento clínico”. é preciso avaliar se a doença se encontra apenas no local de origem ou se chegou a tecidos mais distantes.

Tratamento do câncer de mama

Pode ser realizado de várias formas.

E tenha em mente que cada caso pode ser conduzido de modos extremamente distintos, mesmo que aparentemente seja o “mesmo” câncer de mama de uma conhecida(o). Existem inúmeras particularidades técnicas, que evolvem a biologia do tumor de cada paciente, até aspectos de saúde individual de cada um.

Modalidades de tratamento:

  • Cirurgia
  • Radioterapia convencional
  • Radiocirurgia
  • Quimioterapia
  • Hormonioterapia
  • Terapia alvo molecular
  • Imunoterapia
  • Terapia celular

A escolha de qual ou quais tipos de tratamentos serão instituídos depende de diversos parâmetros técnicos. A escolha das modalidades e também a ordem de utilização deve ser realizada pelo oncologista assistente e em muitos casos a condução do tratamento se dará por decisão multidisciplinar.

Genética e epigenética do câncer de mama

O câncer é uma doença genética e epigenética, mas o que significa isso? Vamos lá! podemos encontrar uma alteração genética herdada, desde o nascimento, ou adquirida ao longo da vida. Mas também podemos não encontrar nenhum gene “quebrado”. Neste contexto fatores externos podem influenciar no funcionamento de nossos genes, dentro do conceito de epigenética.

Oncologista clínico: Quando buscar esse especialista? Entenda sua atuação.

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