Dra. Samira Cotta

Cuidados paliativos na prática

Cuidados paliativos contemplam cuidados amplos de suporte, desde o diagnóstico de uma doença crônica não curativa até possível terminalidade. Não se restringe a pacientes oncológicos.

Dra. Samira Cotta, Oncologista, especialista no cuidados a pacientes com câncer

Dra Samira Cotta Oncologista

Dra Samira é médica clínica, oncologista e paliativista,

com área de atuação em predisposição hereditária ao câncer

e modulação epigenética para prevenção

e redução de recidiva no câncer.

Currículo:

  • Médica pela UFJF em 2011.
  • Especialista em titulada em Clínica Médica em 2014 pela FHEMIG , RQE 38754
  • Especialista em titulada em Oncologia Clinica em 2017 pela UFMG, RQE 38755
  • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, SBOC
  • Pós Graduada em Cuidados Paliativos em 2020 pela PUC-MG.
  • Pós Graduada em Oncogenética em 2023 pelo H. Albert Einstein.

Dra. Samira Cotta vem trabalhando nos últimos anos de sua carreira com estratégias de prevenção ao câncer como ferramenta para reduzir o impacto da doença na vida de tantas pessoas e de tantas famílias.

Cuidados paliativos no paciente oncológico

Os cuidados paliativos devem acompanhar o paciente desde o início de seu diagnóstico, envolvendo as fases de tratamento específico até cura e reabilitação ou terminalidade.

O cuidado suportivo é fundamental tanto para o paciente com ótimo controle da doença quanto para pacientes sem possibilidades de terapia específica.

Pacientes em tratamento contínuo necessitam de amplo manejo dos efeitos adversos dos protocolos, suporte nutricional direcionado, atividade física individualizada e apoio psicossocial.

A parceria de profissionais envolvidos em uma equipe multidisciplinar é a base para que se obtenha o melhor cuidado paliativo, com a preservação da dignidade da vida em todas as fases evolutivas da doenças.

Objetivos

Promoção de qualidade de vida ao paciente e aos seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, com identificação precoce de situações e intercorrências possíveis de serem tratadas. Aspectos físicos, mentais e espirituais são alvo de atenção de toda equipe.

Principais sintomas que requerem atenção

  • Fadiga
  • Dor
  • Náuseas
  • Falta de ar
  • Depressão
  • Inapetência

Cuidados paliativos não oncológicos

Quando falamos em cuidados paliativos não nos limitamos ao câncer nem à terminalidade. São cuidados voltados para ganho em qualidade de vida para pacientes com doenças crônicas não curáveis.

Exemplos de condições não oncológicas que se beneficiam de cuidados paliativos

  • Quadros demeciais
  • Insuficiência cardíaca
  • Doenças pulmonares crônicas
  • Doenças neurodegenerativas
  • Doenças hepáticas crônicas
  • Idoso frágil

Equipe multidisciplinar em cuidados paliativos

Funcionam como uma engrenagem, e para que a complexidade da assistência seja alcançada. Cada peça, recurso HUMANO, é imprescindível.

Equipe de cuidados paliativos

Composição da equipe

  • Enfermeiro: geralmente coordena a equipe
  • Médico: Paliativista, Oncologista e Geriatra são em geral as especialidades que mais atuam
  • Assistente social
  • Psicólogo
  • Fisioterapeuta
  • Fonoaudiólogo
  • Técnico de enfermagem
  • Cuidadores

Parceria da equipe

Dentro de contextos tão individuais e complexos de cada paciente em cuidado paliativo é fundamental o alinhamento de cuidados e expectativas pela equipe. Os familiares e cuidadores fazem parte deste time partilhando detalhes da evolução do paciente para que as melhores estratégias de cuidado sejam traçadas.

Importância de envolver o paciente na tomada de decisões nos cuidados paliativos

Uma vez que descrevemos os cuidados paliativos como modalidade de assistência que visa qualidade de vida, seria incoerente que o paciente não participasse das decisões que envolvem este objetivo. Um paciente lucido e cognitivamente capaz de compreender sua condição, deve ser respeitado em sua autonomia e preferências. A valorização da independência do paciente, em pequenos detalhes do dia a dia é extremamente valiosa para que o paciente de fato sinta o objetivo principal: qualidade de vida.

  • Permita que o paciente decida o que vestir
  • Dentre opções saudáveis, dê opções para as refeições
  • Se o paciente consegue pegar no garfo, que ele o faça até quando conseguir.
  • Permita que ele saiba sobre vistas e se as deseja

Sobre diretivas antecipadas de vontade

Trata da manifestação do indivíduo sobre o que ele considera benéfico para seus cuidados antes de possível evolução para perda de consciência ou terminalidade. A equipe assistente e familiares devem permitir que o paciente materialize sua vontade, após receber as informações adequadas para elaboração consciente das opções terapêuticas. Deve ser orientado sobre a finalidade de obter essa manifestação antes que ocorra a perda da capacidade de se manifestar. Consiste em um documento, com validade jurídica, que resguarda o paciente de intervenções não desejadas e a manutenção da vontade do mesmo.

Leia também

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/cuidados-paliativos

Câncer, mais de 100 tipos de doenças

Oncologista clínico: Você sabe em que trabalha esse especialista?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *